Camalle, possui trabalhos lançados em CDs solos no Brasil e coletâneas no Japão e Europa. Suas canções já foram interpretadas por grandes nomes da música brasileira como: Daniel Gonzaga e Fábio Júnior . Têm como parceiros em suas composições Alain Fresnot, Daniel Gonzaga, Fernando Cavallieri, Helô Ribeiro, Kana, Kléber Albuquerque, Léo Nogueira, Rafael Altério, Raoni Carneiro, Vanessa Bumagny, Zé Edu Camargo, entre outros.
===Início===
Élio Camalle, filho de retirantes do sertão Baiano, nascido em São Caetano do Sul e posteriormente criado na grande metrópole, teve seu grande encontro com a canção Brasileira nas aulas de canto-coral em um dos maiores colégios estaduais de ensino de primeiro e segundo graus da América Latina, o "Aroldo de Azevedo", na zona leste Paulista. As aulas eram ministradas pelo músico arranjador José Maria Simão, o primeiro mestre. A música de Camalle encontra sua origem nos festivais interescolares de música da rede pública de ensino do estado de São Paulo.
===Anos 80===
[1982] - Camalle se inscreve em festivais de música promovidos pelas delegacias de ensino das escolas estaduais, ainda com o nome de Hélio da Costa, que é também o seu nome de registro. Com a canção "Não Há Hora Para Esperar", vence seu primeiro festival de música estudantil. Seguiram-se após esse evento muitos outros, em que, se o compositor não era vencedor, não deixavam de levar premiações as suas melhores canções ou letras. Vale a pena citar aqui uma canção que nesta época fez muito alarde junto aos alunos da 6ª Delegacia de Ensino e rendeu elogios dos jornais locais à sua poesia:'' “Brasil".
[1983] - No programa de televisão da Tv Cultura, o “É Proibido Colar”, ingressa de vez no ofício com a canção intitulada, “O Homem”, de sua autoria. Era um concurso apresentado pelo grande ator Antônio Fagundes. Camalle obteve o primeiro lugar e ganhou para sua escola um microcomputador, contribuindo assim, para a informatização da rede escolar da periferia de São Paulo.
[1987] - Inicia participação em shows nos teatros da cidade de São Paulo. Teatro Cacilda Becker: "De Tijolo em Tijolo", mostra de canções que versavam sobre o músico na noite e, em geral, o músico, o compositor popular. Teatro Arthur Azevedo, mostra de canções com a banda "Salada Mixta" (uma das primeiras bandas com a qual o artista se apresentou, formada por amigos que também naquela época ingressavam no universo musical). Conhece o maestro, professor Robson Miguel, que o convida a lecionar violão popular em sua rede de escolas Curson (Curso do Robson) na Cidade de Santo André. É neste período que aprimora seus conhecimentos de leitura musical e música erudita.Decidido que viveria do ofício da música e sentindo falta dos palcos, entra na roda viva dos bailes e bares que ofereciam trabalho para interpretes de música popular.
[1988] - Camalle passa a se dedicar unicamente a vida musical, abandonando o trabalho nas escolas e desenvolvendo seu canto e sua performance pelos palcos das casas noturnas, onde enriqueceu sua interpretação com músicas do repertório brasileiro junto a músicos como Renato Braz, Filó Machado, Maria Martha, entre outros. Apresentou-se em grandes temporadas nas casas noturnas Boca da Noite, Café Paris e Dorment’s Bar.
===Anos 90===
Trabalhou em vários lugares como estes durante o início da década de 90 se dedicando a execução e divulgação do repertório de música Brasileira.
[1992] - Começa a procura por outras formas de manifestação artística e integra o grupo de arte experimental do cantor Oswaldo Montenegro, "Os Menestréis", e o musical "Noturno".
[1994] - Integra o Grupo Folclórico de Dança "Abaçaí", ampliando sua experiência com o corpo, o ritmo e a dramatização.
[1998] - Assina o contrato de dois CDs com a Dabliú-Disco, organiza sua literatura musical para a primeira incursão no mercado discográfico com a ajuda do amigo multiinstrumentista e produtor Dino Barioni. O registro das canções foi feito no estúdio Fruto da Terra, em Santo André e alguns dos músicos foram ninguém menos que João Cristal, François Lima, Nahor Gil, Alexandre Damasceno e, claro, Barioni. O primeiro Compact Disc, “Mágicas”, que lhe rendeu apresentações nas casas de show Supremo Musical, Café Piu Piu, Villaggio Café, Espaço Cultural do SESI, Sala Vinícius de Moraes (no Tom Brasil), Teatro Crowne Plaza, SESC Vila Mariana, SESC Pompéia, SESC São Caetano, além de apresentações em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. No mesmo ano, participou do projeto "Antenas do Ipiranga" no SESC Pompéia, apresentando-se com Mario Gil e um dos mestres da MPB Toquinho.
[1999] - Dedica esse momento de sua carreira para participar de vários festivais pelo Brasil, destacando-se o primeiro lugar no FEST Mauá e o segundo lugar em Ilha Solteira-SP com a canção "Isopor'', além do Primeiro Ribeirão Criança, festival infantil de Ribeirão Preto, com a canção "Balão (Doki Doki)'', em parceria com a cantora e compositora Kana.
===Anos 2000===
[2000] - Participou, como intrumentista e intérprete, do "Festival da Música Brasileira", realizado pela Rede Globo, com a canção "Xi-De Pirituba a Santo André (Kléber Albuquerque/Rafael Altério). Atuou no musical "Brasil Outros Quinhentos", do escritor e poeta Millôr Fernandes, no teatro Municipal de São Paulo, em comemoração aos 500 anos do Brasil. Lança seu segundo albúm “Cria” (Dabliú-Disco), onde teve a uma das faixas do CD "Isopor" gravada posteriormente Kléber Albuquerque e Fábio Júnior.
[2001] - Nasce o projeto “Umdoumdoum” uma coletânea autoral e ao vivo, com os compositores Kleber Albuquerque, Luiz Gayotto e Madan. Registrado no dia 01 do mês 01 do ano 2001 (Dabliú-Disco), teve seu lançamento em 02 do mês 02 do ano 2002, na choperia do SESC Pompéia. O CD teve grande expressão no cenário da música Paulista, elogiado pelos grandes críticos de música chegando, a ser capa dos cadernos culturais de O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, entre outros. As músicas de Camalle que integram o CD São ''Isopor", "Cabeça", "Waldirene" e a inédita "A Dança".
[2003] - Na intenção de expandir o trabalho além das fronteiras, gravou o CD “Antes e Depois do Fim do Mundo” (Independente), se mudou para Itália. Conheceu o baterista Marco Zanotti e se apresentou em Portugal, Espanha e França. Em Paris, participa de uma gravação do quadro "Sobe no Caixote" no Programa do Jô Soares, da Rede Globo
[2005] - Já no Brasil, sua canção, “Sai da Cruz”, é classificada no "Festival da Nova Musica Brasileira", exibido pela TV Cultura em rede nacional, isso lhe trouxe a possibilidade e elaborar outro álbum.
[2006] - Lança “Bicho Preto” que teve grande aceitação no meio musical. Produzido, outra vez, pelo amigo Dino Barioni, o CD ganhou asas foi parar no i-Tunes, ganhou elogio do critico musical Mauro Dias do Jornal O Estado de São Paulo e teve a participação das cantoras internacionais Kana e Patrizia Laquidara.
===Cinema===
[2007] - Ingressa no universo do cinema fazendo figuração especial em "Linha de Passe" de Walter Salles, atuando junto a José Geraldo Rodrigues, Lilih Curi e Maurílio Domiciliano.
[2008] - Revisitando o universo da dramatização em, integra o grupo do musical "Satyros Sons e Fúrya" de Vanessa Bumagny e André Sant"Anna. Recebe um convite para atuar, na comédia, "Família Vende Tudo", do diretor Alain Fresnot, atuando junto a Caco Ciocler, Lima Duarte, Luana Piovani, Raoní Carneiro, entre outros. Para o filme compôs uma das canções da trilha, o samba, “Vício”, em parceria com o Fresnot.
[2009] - Os projetos não param e paralelamente a essa fase cinematográfica, amadurece e grava uma antiga idéia, o CD "A Felicidade.exe".
===Discografia===
[1998]
"Mágicas'' (Dábliu Discos):
01. Mágicas
02. Bonita
03. Gabriela
04. Pra Cá de Bagdá
05. Saudade
06. Dentro de Mim
07. Nosso Amor
08. Velho Coração
09. Canções
10. Palavrão
11. Anjo Feliz
12. Rei Alucinado (Élio Camalle/Tadeu Francisco)
13. Selvagem
[2000]
''Cria'' (Dáblio Discos):
01. Mambembe (Élio Camalle/Daniel Gonzaga)
02. Cabeça
03. Isopor (Élio Camalle/Kléber Albuquerque)
04. Melhor
05. Guetos
06. Tempo
07. Insone
08. Waldirene (Élio Camalle/Kléber Albuquerque)
09. Conto (Élio Camalle/Léo Nogueira)
10. Cria
11. Eco
12. Olho da Lua
[2003]
''Antes e Depois do Fim do Mundo'' (Independente):
01. Cagando e Andando (Élio Camalle/Léo Nogueira)
02. Néctar (Élio Camalle/Léo Nogueira)
03. Volta Ao Mundo
04. Jerico
05. Forró de Um Homem Só
06. Fundo Falso
07. Balão (doki, doki) (Élio Camalle/Kana/Léo Nogueira)
08. Alegria Comum
09. Planetário
10. Uibaí
11. O 7 Dia (Élio Camalle/Léo Nogueira)
12. Forró de Um Homem Só (bônus)
[2006]
''Bicho Preto'' (Independente):
01. Preto No Branco
02. Bicho (Élio Camalle/Léo Nogueira)
03. Xô!
04. Estrangeira (Élio Camalle/Rafaél Altério)
05. Chorando No Tempo
06. Bicho-Papelão
07. Pão e Poesia
08. Triste Figura (Élio Camalle/Léo Nogueira)
09. Nova Nagasaki
10. Cão Farejador
11. Vacas Magras (Élio Camalle/Léo Nogueira)
12. Psiu!(Élio Camalle/Adolar Marin/Léo Nogueira)
13. Arsênico (Élio Camalle/Zé Edu Camargo)
14. Sai da Cruz
[2009]
''A Felicidade.exe'' (Independente):
01. Bartruque
02. A Felicidade
03. Programa
04. Balada Perdida
05. Chiclete
06. De Pai Pra Filho
07. Caso
08. Chilique
09. Neguinha Monamour
10. Dúvida
11. Longe
12. Amplificador
13. Resto
14. Festa da Solidão
Faixa Multimídia "Festa da Solidão"
15. Nem Cruzado, Nem Cruzeiro
16. Festa da Solidão
17. Mambembe (Élio Camalle/Daniel Gonzaga)
18. Cão Farejador
19. Bicicleta
20. Dia de Estrelas (Élio Camalle/Kléber Albuquerque)
===Coletâneas===
[2002] "Umdoumdoum" (Dábliu Discos)
[2002] "MPB: Samba e Suingue" (Trama)
[2003] "Brasilidade" (Ouver)
===Trilha Sonora Filmes===
[2009] "Família Vende Tudo" (Alain Fresnot)
==Dança==
[1994] "Grupo Folclório de Dança Abaçai" - Toninho Macedo
==Filmes==
[2007] "Linha de Passe" (Walter Salles)
[2008] "Família Vende Tudo" (Alain Fresnot)
==Festivais Nacionais==
[1983] ''O Homem' - É Proibido Colar - Tv Cultura
[2000] "Xi-De Pirituba a Santo André" (Kléber Albuquerque/Rafael Altério) - Festival da Nova Música Brasileira - Rede Globo
[2005] "Sai Da Cruz" - Festival da Nova Música Brasileira - Tv Cultura
==Teatro==
[1992] Noturno - Oswaldo Montenegro
[2000] Brasil Outros Quinhentos - Millôr Fernandes
[2008] Satyros Sons, e Fúrya - Vanessa Bumagny e André Sant"Anna
Fontes: Dicionário Cravo Abin
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